Imortal

Anos vem e vão, dias começam e terminam e os ponteiros do relógio sempre constantes controlando vidas, esperanças, sentimentos. Todos comandados pelo tempo.
Tempo dono e soberano da humanidade, abstratamente visto como o senhor do futuro e do passado, controlador da felicidade, destruidor ou empreendedor de sonhos.
Mas nem ao menos a força do tempo pode destruir um sentimento tão mutável quanto o amor. Mutável não porque possa ser transferido, mudado ou esquecido, mutável pela invencibilidade que o acompanha. Quase como a vacina contra a tristeza, a desesperança, o desespero.


Maior ainda que isso é o amor que sinto, porque contrario aos segundos, aos anos, a distancia , a vida, contrario até a minha existência e daquela na qual me inspiro, meu amor é imortal. Ele é a herança de duas almas, o retrato de dois corpos, a prova de nossa existência. Da existência de um amor mais forte que a distancia, mais prepotente que o preconceito, e mais teimoso que as diferenças.


As palavras que agora escrevo logo se irão, as imagens que me inspiram em minha mente se perderão o senhor tempo vai tirá-las de mim, vai tirar minha beleza, talvez até minha sanidade, ele pode até mesmo separa-la de mim, o que importa é que até o ultimo suspiro esse amor vai me embriagar, e a sua existência vai me manter viva ao longo dos anos, dos séculos. E te encontro na outra vida, seja com qual aparência ou nome tenhamos, ainda serei sua! Imortalmente sua.